A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) anunciou ontem o fim das ações de erradicação da febre aftosa. A única exceção é a fazenda Bonanza, que fica no Sul do Estado, cujo proprietário conseguiu na justiça uma liminar impedindo o abate.
A Bonanza possui um plantel de 1.700 bovinos. A Iagro espera derrubar a liminar e realizar o abate em curto prazo. Aí sim os trabalhos chegariam realmente ao fim.
A previsão era que a limpeza sanitária acabasse em 30 de dezembro do ano passado, com 29 mil cabeças abatidas. Mas até agora já foram sacrificados cerca de 30,72 mil bovinos.
O sacrifício dos rebanhos é uma medida padrão, preconizada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O próximo passo, para que a região volte a ser considerada livre de febre aftosa com vacinação, é deixar as propriedades por, no mínimo, 30 dias sem gado.
Em seguida, animais sentinela (bezerros não vacinados) são colocados nas fazendas para testar a eficiência da limpeza. Eles devem permanecer nas áreas durante 30 dias, sem ficar doentes.
Depois os bezerros são submetidos a uma bateria de testes, a fim de se certificar que realmente o vírus da aftosa não habita mais a região. Todo esse processo tende a demorar cerca de 6 meses. Só aí a região voltaria a ser considerada livre da doença.
Desde outubro de 2005 foram registrados 28 focos de aftosa no Mato Grosso do Sul. E mais um no Paraná.
Fonte: Folha de São Paulo
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