No passado, em São Paulo, as áreas de pastagens cresceram substituindo as culturas agrícolas em locais em que o solo perdeu fertilidade ao longo dos anos.
Hoje, o movimento é contrario, a atividade pecuária extensiva praticada sobre pastagens degradadas tende a perder áreas para culturas como a cana e o eucalipto, devido à pressão exercida pela maior rentabilidade dessas culturas.
Segundo estudo realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), até 2030, 2,8 milhões de hectares ocupados com pastos poderão dar lugar a canaviais, florestas plantadas e, em menor escala, seringueiras.
A maior rentabilidade da agricultura pressiona a favor da substituição. Deste modo, para manter-se na atividade o pecuarista de amanhã terá que aumentar a produtividade e manter os custos sobre controle.
Do encolhimento previsto de 35% das áreas de pastagens, aproximadamente 67% pode ser substituído por cana, o que equivale a 1,9 milhão de hectares.
O estudo considera padrões de crescimento e demanda, mas não possíveis modificações de preços e riscos climáticos.
Contudo, evidencia que a própria conjuntura econômica levará a pecuária a ser mais eficiente econômica e ambientalmente, sobre o ponto de vista de área utilizada.
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