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Scot Consultoria

Caíram as exportações de calçados brasileiros


Segunda-feira, 20 de junho de 2005 - 12h09

As exportações de calçados caíram em 2005. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Industria e Comércio Exterior (Secex) e da Associação Brasileira da Indústria Calçadista (Abicalçados), foram embarcados 10 milhões de pares a menos entre janeiro e maio de 2005 em relação ao mesmo período de 2004. O total vendido nos primeiros 5 meses de 2004 chegou a 99,8 milhões de pares, contra 89,6 milhões de pares nesse ano, queda de 10,2%. Mesmo com o volume em baixa, o faturamento aumentou. Nos primeiros cinco meses de 2005 foram negociados US$765,9 milhões, contra US$707,2 milhões no mesmo período de 2004. O par do calçado brasileiro foi vendido, em média, a US$8,54 em 2005, contra US$7,09 em 2004, aumento de 20,4%. O aumento “forçado” dos preços dos calçados brasileiros, graças à valorização do real, explica, em parte, a redução das vendas. Os Estados Unidos, maiores compradores do produto brasileiro, diminuíram em 22% o volume de compras esse ano. Primeiro, por não aceitarem os reajustes. Depois, por optarem por calçados asiáticos. O México, quinto maior comprador do produto brasileiro, reduziu em 26% o volume de pares importados. A China é o principal concorrente internacional, detentora de 55% da produção mundial de calçados, produzindo a custos baixíssimos. Mesmo o Brasil perdendo espaço para a China, a situação poderia ser pior. Isso se o país asiático parasse de comprar couro brasileiro como matéria-prima. O quadro é preocupante. As exportações estão caindo, o desemprego crescendo e não está ocorrendo aumento das vendas internas. Como conseqüência, o preço do couro cru despencou 20% desde o início do ano no Rio Grande do Sul, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Além do mais, houve fechamento de 11 mil postos de trabalho na região do Vale dos Sinos, tradicional produtora de calçados no extremo sul do país. (MGT)
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