O setor sucroalcooleiro tem tido destaque no Brasil e no mundo. Atualmente as atenções de investidores e agricultores se voltam ao plantio de cana-de-açúcar e o seu processamento, dados os bons resultados e expectativas de crescimento do setor.
A cana-de-açúcar vem tomando espaço de outras atividades em todo o Brasil, mas é em São Paulo onde esse comportamento é mais exacerbado.
Na safra passada, houve expansão de cerca de 3,30% na área paulista destinada ao plantio de cana-de-açúcar, totalizando aproximados 3,5 milhões de hectares, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA).
E esse número tende a aumentar. No Oeste Paulista, de acordo com a Usinas e Destilarias do Oeste Paulista (Udop), 40 novas usinas sucroalcoleiras devem ser instaladas na região até 2010. A previsão é que as novas usinas moam no máximo 2 milhões de toneladas cada, totalizando um investimento de R$5,6 bilhões.
Considerando a capacidade máxima dessas novas usinas, serão necessárias 80 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra para garantir o funcionamento.
Se em cada hectare de terra forem produzidas 81,5 toneladas de cana (valor médio estimado para a safra), serão necessários quase 1 milhão de hectares a mais do que é hoje destinado para a cana em São Paulo.
E como não há terra ociosa no Estado, ou a cana-de-açúcar vai avançar sobre outras culturas como soja e milho, por exemplo, ou será sobre as áreas de pastagens, deixando a atividade pecuária mais restrita e exigindo um grau cada vez maior de intensificação para produzir gado no Estado. (MGT)
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