A revolução verde significou o aumento, mais ou menos dramático, da produção de cereais, primeiro de trigo e pouco depois de arroz, sobretudo nos países da Ásia Central e do Leste nos anos 60, 70 e 80.
Eram terras esgotadas, que já vinham sendo cultivadas por muito tempo. Ali foram introduzidas novas variedades de trigo, e depois de arroz, que tinham alto potencial de produção. Mas esse potencial não se desenvolve sozinho. Tínhamos que convertê-lo em produção efetiva. Só que, primeiro, tínhamos que restaurar a fertilidade do solo. Os solos necessitavam de nitrogênio, fósforo, potássio, às vezes de zinco. A partir do momento que houve a correção do solo, então houve um grande crescimento da produção de alimentos.
Uma grande parte dessa transformação tecnológica ocorreu na Índia e no Paquistão, e do Paquistão expandiu uns oito anos depois, para a China. Foi uma tecnologia de muito impacto. Por exemplo: no sul da Ásia, sobretudo na Índia e Paquistão, de 1960 a 2000 a produção de grãos triplicou. Quase todo esse aumento foi por produtividade, medido pelo aumento do rendimento por hectare, pois na China, Índia e Paquistão não há mais terra para abrir.
*Entrevista de Norman Borlaug à Revista Produtor Rural em setembro de 2004- Cuiabá/MT.
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