Levantamentos feitos pela Scot Consultoria mostram a variação do preço do quilo de carcaça dos principais países produtores de carne bovina entre setembro de 2009 e setembro de 2011.
Em setembro de 2011, o quilo de carcaça brasileira (São Paulo), que em setembro de 2009 custava, em média, US$2,93, atingiu média de US$3,56, alta de 21,5%.
Em novembro de 2010, preço do quilo de carcaça brasileiro atingiu o maior patamar no período, US$4,47, ficando apenas mais barato que o quilo de carcaça argentino, cotado em US$4,71.
O preço argentino aumentou 117% no período. Observou-se aumento de 64% no quilo uruguaio e 60% no paraguaio. O preço irlandês teve a menor variação no período, 15,3%. Em setembro de 2011, o quilo de carcaça mais barato foi o australiano, US$3,11, 51,1% menor do que o irlandês, o mais caro do período.
A Austrália possui o menor valor da arroba bovina, o que, em parte, explica o menor preço do quilo de carcaça.
A desvalorização do dólar prejudica as exportações, quadro visto também no Brasil, onde o dólar comercial atingiu a menor cotação deste ano no fim de julho (R$1,53 em 26/7/2011). Do dia primeiro a 30 de setembro, o dólar se valorizou no Brasil, tendo subido 12,8%. No dia 22/9/2011, o dólar comercial registrou R$1,90, maior cotação desde maio de 2010. Esta variação no câmbio, por um lado torna as exportações mais rentáveis, mas por outro pode encarecer a produção da carne bovina, principalmente dos insumos que são mais influenciados pelo dólar, como a soja.
De outra forma, a desvalorização do dólar em mercados consumidores de carne bovina pode ser vista de forma positiva pelos Estados Unidos, devido ao estímulo à importação que este cenário cambial traz.
Ainda que as historicamente exportações de carne bovina sejam menores nos meses de novembro e dezembro, a valorização do dólar pode tornar o Brasil mais competitivo nas exportações de carne bovina neste último trimestre.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>