Os índices Scot demonstram a receita com a venda dos produtos do abate de um bovino, no mercado atacadista em São Paulo.
Analisando a relação entre estes índices e o valor da arroba, obtém-se a margem de comercialização do frigorífico.
Embora não represente lucro, pois os custos não são computados, a margem de comercialização indica como está a situação da indústria em relação ao preço da matéria prima (boi gordo) e o preço dos produtos (carne, couro, sebo, miúdos e subprodutos).
Os índices se referem à receita de:
- Equivalente Físico: venda da carcaça no mercado atacadista.
- Equivalente Scot: venda da carcaça, além do couro e sebo.
- Equivalente Scot Carcaça: venda da carcaça, couro, sebo, miúdos e subprodutos.
- Equivalente Scot Desossa: venda dos cortes no mercado atacadista, couro, sebo, miúdos e subprodutos.
Quanto maior a margem de comercialização, maior é a possibilidade de reajustes nos preços do boi gordo, caso a oferta não aumente.
Isto gera a alta correlação entre os índices e o preço do boi gordo. Correlações mais próximas a 1 indicam que as séries de preços (boi gordo e determinado índice) se comportam de maneira semelhante.
Na tabela 1 estão alguns parâmetros para análise.
Todas as margens de comercialização estão acima das médias históricas, desde 2008.
Hoje, com a venda de todos os produtos do abate de um bovino, o frigorífico recebe R$124,59/@ (Equivalente Scot Desossa), 25,8% mais que o valor pago pelo animal. Observe a figura 2
O valor atual, embora não seja recorde, mostra que há possibilidade de valorização da matéria prima, uma vez que a margem está acima da que normalmente a indústria trabalha.
A análise dos Equivalentes deve ser feita em conjunto com outros parâmetros, como a ociosidade da indústria. Ociosidades maiores aumentam os custos por quilo de carne produzida.
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