Por Lester Russel Brown
Nos Estados Unidos, quando os preços mundiais do trigo sobem aproximadamente 75% com relação ao ano anterior, isto significa uma diferença de US$0,10 no custo do pão de cada dia.
Entretanto, em Nova Delhi, Índia, a escalada dos preços mundiais no trigo realmente fazem a diferença: a farinha de trigo vai custar o dobro. E o mesmo é valido para o arroz. Se o preço mundial do cereal dobrar, o mesmo acontece com o produto no varejo em Jakarta ou na Indonésia.
Bem vindos à nova economia dos alimentos de 2011: os preços estão subindo, mas o impacto não está sendo sentido de forma igualitária nos bolsos ao redor do mundo. Para os americanos, que gastam menos de 10% de seu salário no supermercado, os preços alarmantemente altos vistos até agora são um incômodo, mas não uma calamidade.
Mas para as pessoas mais pobres do planeta, dois bilhões ao todo, que gastam de 50 a 70% de seu salário em alimentação, a alta nos preços pode representar uma refeição diária ao invés de duas. Aqueles que estão se equilibrando nos degraus mais baixos da economia podem perder o equilíbrio de vez. Isto pode contribuir, e já contribuiu, para agitações sociais e revoluções.
Fonte: Revista Foreing Policy, publicado na edição de junho de 2011.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>