O Ministério do Planejamento divulgou que o governo federal destinará R$3 bilhões anuais em investimento em infra-estrutura, a partir do Projeto Piloto de Investimentos (PPI), que utilizará parte do dinheiro economizado para pagar a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A prioridade para os investimentos são os portos, visando obtenção de ganho de eficiência nas operações de importações e exportações, mas também serão incluídas as ferrovias e rodovias.
No caso do modal aquaviário as ações previstas são dragagem, melhoria de acesso aos portos e modernização de instalações dos portos do Rio de Janeiro, Santos, Sepetiba, São Francisco do Sul e Areia Branca. Os portos muitas vezes têm estruturas ultrapassadas, que dificulta e encarece o transporte, assim como elevado preço da mão-de-obra, burocracia nos procedimentos, ausência de um gerenciamento voltado para o cliente e inadequação e insuficiência da infra-estrutura em alguns portos. Estes pontos foram destacados em pesquisa realizada pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) em levantamento realizado entre os usuários do modal no Brasil.
Além dos projetos que envolvem investimentos em portos, a recuperação, restauração de rodovias e a adequação de ferrovias também estão incluídos.
Para o setor ferroviário, está prevista a construção de cerca de 100 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, que deverá atingir investimento adicional de R$145,2 milhões. O modal ferroviário é um dos mais vantajosos para um País com as características do Brasil, com grande extensão territorial e necessidade de transporte a longas distâncias.
Para o setor rodoviário estão previstos, em 2006, a recuperação de 7,242 mil quilômetros de rodovias federais, com investimento de R$763 milhões e a pavimentação e adequação de mais de 1,0 mil quilômetros, com utilização de cerca de R$1 bilhão.
Resta saber se as metas serão cumpridas. O custo da ineficiência é demonstrado conforme o valor que o país perde anualmente para contornar os problemas causados pela burocracia e pela carência de infra-estrutura. A ineficiência causa desperdício ao Brasil em função de acidentes, roubos de cargas, problemas operacionais, atraso em entrega, perda de mercadoria, uso inadequados dos modais e assim por diante. (MGT)
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