A benemerência do governo Lula para com os movimentos sem-terra não tem limites. Dados do Siafi (Sistema Informatizado de Acompanhamento de Gastos do Governo Federal) atestam que duas ramificações do Movimento das Mulheres Camponesas - filiais de Roraima e do Pará- receberam R$79 mil do Ministério do Meio Ambiente.
Os dois grupos integram a chamada Via Campesina, que assumiu a responsabilidade pela destruição criminosa de mudas e viveiros da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, na semana passada. Destroçaram 20 anos de pesquisa genética.
O financiamento do grupo adepto do vandalismo com verbas oficiais, infelizmente, não chega a surpreender. Trata-se apenas de mais uma demonstração da prodigalidade deplorável do governo Lula para com "companheiros" que violam sistematicamente as leis do país.
Desde a posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem coonestado abusos de grupos que, em nome da reforma agrária, usurpam e depredam propriedades. Segundo o que a CPI da Terra apurou em 2004, apesar das corriqueiras violações que promovem, associações ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) receberam dos cofres públicos cerca de R$10 milhões apenas em 2003.
Passa da hora de dar um fim à cumplicidade com a delinqüência. Punir - com o corte imediato de ajuda financeira oficial - entidades de sem-terra adeptas da violência é uma necessidade óbvia; interromper repasses a quem depreda e invade deveria ser praxe administrativa. Mas o governo Lula não cumpre nem a lei que manda congelar desapropriações em terras invadidas.
Fonte: Folha de São Paulo
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