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Bertin reforça parcerias no exterior


Quinta-feira, 30 de março de 2006 - 12h27

Apesar do embargo parcial da Europa à carne bovina brasileira, o frigorífico Bertin espera reforçar a sua participação naquele mercado este ano, com a venda de cortes de alto valor, com a marca Bertin, nas gôndolas do varejo e restaurantes locais. Um dos países onde o Bertin pretende avançar é Portugal, graças à parceria com a rede de varejo Sonae. Segundo o gerente de exportação do Bertin o frigorífico vendeu à rede, no ano passado, 700 toneladas de cortes como picanha fatiada ou inteira, filé, contra-filé e alcatra bovina em embalagens porcionadas. Este volume correspondeu a U$2 milhões. Após a visita de representantes do Sonae à sede da empresa em Lins (SP), nos últimos dias, a expectativa é atingir 1.200 toneladas em vendas este ano e aumentar a gama de produtos exportados. O frigorífico afirmou que o trabalho para vender cortes com maior valor agregado a clientes europeus foi iniciado há 4 anos e agora começou a se consolidar. Como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná estão proibidos de exportar carne para a União Européia por causa do ressurgimento da aftosa nos últimos dois Estados, o Bertin teve que redirecionar sua produção destinada ao mercado europeu para as unidades de Ituiutaba (MG) e Mozarlândia (GO). Já as plantas de Lins (SP), Marabá (PA) e Naviraí (MS) estão produzindo para mercados que não embargaram as regiões onde estão localizadas estas unidades e para o mercado interno. Lins, por exemplo, está vendendo para Irã e Filipinas. Já Marabá está embarcando cortes bovinos para Israel. Após o embargo parcial da Europa, o frigorífico priorizou cerca de 10 clientes do bloco, já que reduziu o volume abatido para a exportação. Além de vender os cortes porcionados para a rede Sonae, o Bertin também está nas varejistas italianas Sma, Esslunga e Maiorana, de acordo com Bicchieri. Exporta ainda para a rede de restaurante Bufalo Grill na França e para supermercados na Finlândia. A expectativa do Bertin é de que o embargo europeu à carne do Estado de São Paulo seja levantado em julho, após uma visita de uma missão da UE ao Brasil. Fonte: Valor Econômico
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