Teve início ontem, dia 6 de abril, o I Encontro Confinamento: Gestão Técnica e Econômica, no Campus da UNESP-Jaboticabal. A primeira palestra foi ministrada pelo consultor Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, que apresentou as perspectivas de mercado do boi gordo para 2006. A tendência é que ocorra uma recuperação dos preços do boi gordo a partir do segundo semestre, em função de alguns fatores que devem levar à redução de oferta e aumento da demanda.
Na seqüência, Leandro Bovo, da Hedging-Griffo apresentou as formas de utilização do mercado futuro e do mercado de opções para a redução dos riscos atrelados às variações das cotações da arroba.
No período da tarde, o frigorífico Marfrig, através do representante Ângelo Frighetto, discorreu sobre a venda de bois a termo para o frigorífico, incluindo seus benefícios e riscos e maneiras que essa ferramenta auxilia o produtor.
Em seguida, o professor doutor Ricardo Reis, da UNESP, dissertou sobre diversas opções de volumosos suplementares para a utilização em confinamento, apontando prós e contras. As silagens mais discutidas foram a de cana-de-açúcar, de milho, de sorgo, e de capim.
O volumoso que mais gerou discussão foi o de cana-de-açúcar. Para Reis, o pecuarista pode recorrer à cana e obter excelentes ganhos de peso por animal e principalmente por área, desde que complemente com concentrados que atendam as exigências nutricionais dos animais, suprindo as deficiências da cana.
Apesar da qualidade da cana-de-açúcar ser inferior a muitos outros volumosos, a sua produtividade por área e o seu baixo custo podem trazer ao pecuarista retornos econômicos satisfatórios, em relação à produtividade animal por área, ou seja, em quilos de carne/ ha.
Por fim, Rogério Coan, da Coan Consultoria, reportou a importância do planejamento nutricional como fator chave do sucesso do confinamento.
Para Coan, antes de qualquer decisão, é necessário levantar os recursos físicos da propriedade e as características climáticas da região. É fundamental reconhecer os índices de produção, necessidade de correções de solos, planejamento de novas espécies forrageiras, entre outros.
A forma mais simples para se chegar à uma conclusão sobre qual volumoso escolher é simular o custo da arroba engordada para cada tipo de alimento volumoso utilizado, bem como o perfil de nutrientes de cada um, para complementar com os alimentos concentrados, como protéicos, energéticos, minerais e aditivos.
Por fim, Coan concluiu que para o pecuarista conseguir redução dos custos operacionais na nutrição dos animais confinados, as matérias-primas deverão ser adquiridas em momentos de preço mais baixo.
Hoje, dia 7 de abril, as palestras abordam os temas relacionados aos custos de produção de animais confinados. Pela manhã, Ricardo Dias Signoretti, da APTA, discutirá sobre a
Exploração do ganho compensatório como estratégia nutricional.
Logo depois, Flávio Dutra de Resente, da APTA, discutirá sobre
Manipulação dos níveis nutricionais para altas produções de carne.
À tarde, o consultor Maurício Palma Nogueira, da Scot Consultoria, informará aos participantes sobre os
Custos e viabilidade do confinamento frente aos preços baixos.
Por fim, Alexandre Zadra, da Lagoa da Serra, discutirá sobre o
Cruzamento industrial e a produção de novilhos precoces.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>